22 de dezembro de 2007

Salmo de S. Francisco para o Tempo de Advento e Natal!



1. Glorificai a Deus, nosso auxílio;
louvai o Senhor Deus, vivo e verdadeiro, com cânticos de alegria.

2. Porque o Senhor é o Altíssimo,
o terrível, o grande rei de toda a terra.

3. Porque o santíssimo Pai do céu, nosso Rei desde toda a eternidade,
mandou lá do alto o seu dilecto Filho,
e Ele nasceu da bem-aventurada Virgem Santa Maria.

4. Ele me invocou: “Tu és meu Pai”;
e eu farei dele o meu primogénito, acima dos reis da terra.

5. E naquele dia o Senhor Deus mandou a sua misericórdia,
e um cântico novo que encheu a noite.

6. Eis o dia que o Senhor fez;
exultemos e alegremo-nos com ele.

7. Porque nos foi dado o santíssimo e dilecto Menino,
e por nós nasceu durante uma viagem e foi deitado num presépio,
por não haver lugar para ele na estalagem.

8. Glória ao Senhor no mais alto dos céus,
e na terra paz aos homens de boa vontade.

9. Alegrem-se os céus, exulte a terra,
rumoreje o mar e tudo quanto ele encerra;
regozijem-se os campos e tudo o que neles existe.

10. Cantai-lhe um cântico novo;
gentes todas da terra, cantai ao Senhor.

11. Porque o Senhor é grande e digno de todo o louvor,
temível sobre todos os deuses.

12. Dai ao Senhor, ó família das gentes, dai ao Senhor honra e glória,
dai ao Senhor a glória devida ao seu nome.

13. Oferecei-lhe o vosso corpo para levar a sua santa cruz
e segui até ao fim os seus mandamentos santíssimos.

6 de dezembro de 2007

O "homem nuclear" com ADN espiritual




Num passado muito recente, alguns profetizaram que este milénio seria o milénio da espiritualidade. Nesta aurora que vivemos e tendo em conta a realidade mundial, fica a esperança de que essa primavera espiritual aconteça.


Ao olhar para a realidade da vida humana, ao longo de toda a História, mas particularmente nos nossos dias, verificamos que o homem tem fome de uma vida espiritual, mas continua a saciá-la com pão material.

O homem espiritual que queríamos construir continua a sentar-se à mesa da humanidade comendo o banquete do “homem nuclear”. Ou seja, daquele que se vê como «um dos últimos na experiência da existência, e não tanto como um pioneiro que trabalha para um novo futuro, pois os mesmos poderes que lhe permitem criar vida nova contêm em si o potencial de autodestruição».

O Homem criado por Deus continua a comungar a humanidade, esquecendo-se de Deus e da sua origem divina. O homem materializado continua a fazer-se deus, esquecendo o Deus de todos.


Do homem natural
ao homem espiritual

Mas, se percorrermos o calminho interior do homem, descobrimos que a sua árvore genealógica, o seu ADN, é essencialmente espiritual. «A vossa vida está escondida com Cristo em Deus.» (Cl 3,1-4: Dia de Páscoa, II Leitura)

Richard Bach diz que o ser humano é uma expressão de vida, emana luz e reflecte o amor em qualquer dimensão que decida tocar. A humanidade não é uma simples descrição física: é uma mente humana e divina que faz com que o homem, longe de se sentir um “anjo infeliz”, se contemple como criatura de Deus numa harmonia integral com o mundo, com a natureza, com o seu corpo, a sua sexualidade, o seu trabalho, a arte, a ciência, a politica, o sofrimento, o seu sentir… Com a vida.


Da alienação espiritualista
à descoberta da espiritualidade


O homem é um “animal espiritual”, vitalizado pelo pneuma (sopro) divino. Este pneuma divino é bem diferente do “espírito di(o)vin(h)o”, onde tantos jovens procuram saciar a sede de espiritualidade em “shots” de prazer momentâneo, os quais, mais do que dar vida, queimam a possibilidade de viver. Em tragos de espiritualismos meramente juvenis. De euforias banais que, em vez de felicidade, nos cumulam com frustração e amarguras figadais alheias a uma realização intemporal. Não será isto uma patologia espiritual, que precisa de ser purificada em Jesus Cristo, o único capaz de nos inebriar com a força da sua ressurreição?

Contudo, muitos jovens e muitos adultos também já perceberam que, na realidade actual, «não podem viver resignados a uma vida fechada no tempo, sem determinação, sem horizontes e sem esperança». É por isso que em toda a parte surgem espaços que permitam o encontro das pessoas consigo mesmas e com a descoberta da sua espiritualidade.

Pode ser através da oração, da celebração litúrgica, dos exercícios espirituais, da contemplação, meditação e reflexão, da introspecção, do yoga, zen e outras técnicas orientais; umas vezes em comunhão com a mística da Igreja, outras vezes concorrentes com ela.

Esta é uma realidade do tempo, para que assim se possa descobrir e sentir a intemporalidade da vida espiritual que habita em nós. E porque não, uma forma de corrigir situações de alienação espiritualista, que alguns confundem com espiritualidade autêntica.


Da vida para o Evangelho
e da ressurreição para vida

Quem se coloca numa atitude de prisioneiro do agora e não se abre à mudança, aos sinais dos tempos e à novidade do Espírito do ressuscitado, será que percebeu o que é ser um verdadeiro visitante e peregrino deste mundo?

Em tempo de ressurreição, a caminho de Emaús, importa partir «da vida para o Evangelho, e da ressurreição para a vida» onde sentimos a essência do ser e a levamos para a vida e para as nossas relações em gestos de amor.

Tocar a intimidade do Ressuscitado, torna-nos vulcão humano onde arde bem cá dentro a força da Vida e do Espírito, não só pela escuta da Palavra mas também pela contemplação de Cristo fonte de eternidade: «Não ardia cá dentro o nosso coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?» (Lc 24,13-35).

É este fogo que nos dilata os horizontes culturais e da socialização, «obrigando-nos a sair do âmbito de uma espiritualidade voltada para nós mesmos e do nosso próprio sofrimento». Uma espiritualidade baseada na nossa relação com o mundo e do mundo com Deus. Num equilíbrio entre o corpo e o espírito, de forma a evitar um “monofisismo ascético”, ou um “misticismo anti-humano”, num “beatismo estéril”. E desta forma perceber que é na natureza. É na humanidade e na sua realidade multifacetada que Deus quer acender o fogo do seu amor. E neste palco humano, poderemos contemplar o céu, o divino no humano, o espiritual no material, enquanto nasce a vontade de construir aí a nossa tenda.


Do projecto de Deus
à sua realização na História

A espiritualidade do homem e da mulher de hoje, tem de ir para além da mera captação e decifração do projecto salvífico de Deus, para o realizar no interior da História.

Num pensamento de Bon-höfer sintetizo esta ideia: «No reino de Deus só pode crer quem ama a terra e Deus ao mesmo tempo.»

Na amplitude do universo, o recanto da humanidade é o melhor espaço para viver e sentir a espiritualidade, que marca a nossa existência desde a sua origem.
«Há sempre uma razão para viver. Podemos elevar-nos acima da nossa ignorância. Podemos olhar o nosso reflexo como o de criaturas feitas de perfeição, inteligência e talento. Podemos ser livres! Podemos aprender a voar!» (Richard Bach).

Frei Dino Costa



PARA REFLEXÃO INDIVIDUAL OU EM GRUPO


:: «Mandai, Senhor, o vosso Espírito, e renovai a terra» (Refrão do Salmo Responsorial do Pentecostes).

:: «Todos ficaram cheios do Espírito Santo» (Act 2,1-11: 1ª Leitura do Dia de Pentecostes).

:: «Recebereis a força do Espírito Santo que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas» (Act 1,1-11: 1ª Leitura da Ascensão).

:: «Hoje é muito necessária uma espiritualidade que motive a vida quotidiana. O homem actual não se resigna à vida fechada no tempo, sem horizontes e sem esperança. Sente-se empurrado, forçado a optar pela espiritualidade, já que um dilema o tortura: ou espiritualidade, como atitude orientadora, decisiva, unificadora, ou uma vida medíocre, reduzida à cadeia superficial de acções desprovidas de significado definitivo; ou uma espiritualidade, como escuta religiosa do Espírito, que habita no homem, ou confinada ao universo material e no fervilhar da técnica sem alma da sociedade consumista; ou espiritualidade, como encontro vivo com Cristo, fonte de liberdade, de comunhão e de vida eterna; ou condenação ao absurdo e ao desespero.

O homem de hoje sabe bem que “quem se contenta com a monotonia e a mediocridade do suceder-se das coisas não terá perdão”.» (R. A. Knox, in Dicionário de Espiritualidade)

:: Na certeza de que aqueles que se sentem “possuídos” pelo Espírito de Deus em constante Pentecostes na sua vida, saberão caminhar pela estrada da humanidade com a força do Espírito, rompendo as barreiras do tempo para tocar a sua vida e a vida dos outros de forma divina e espiritual, como te colocas diante destes textos e da reflexão que eles propõem?

in http://www.capuchinhos.org/vocacional/escuta/adn.htm

FAJV


Jovem: os Franciscanos de hoje querem continuar a obra que São Francisco de Assis começou. E tu? Estás disposto a fazer o mesmo? Deus espera a tua resposta.

Francisco de Assis (1181-1226) foi o Rei da Juventude de Assis.Procurava ardentemente a popularidade, o êxito, o acesso à classe dominante; Deus, porém, saiu-lhe ao encontro pela experiência do fracasso e da adversidade, e conduziu-o à descoberta do Evangelho.

Francisco de Assis foi um pobre que voluntariamente deixou tudo. A partir dai, quis pôr-se confiadamente nas mãos de Deus Pai. Desejou partilhar a vida dos pobres e dos marginalizados para instituir-lhes a dignidade. Esforçou-se por conseguir que a Igreja fosse pobre e que estivesse ao serviço dos homens.

Francisco de Assis foi um irmão entre os irmãos. Reunidos pelo Senhor, construíram a fraternidade evangélica e descobriram outra maneira de viver na igualdade fraterna, a da partilha mútua e da paz. Em todos os ambientes, todas as culturas, deram testemunho da Boa Notícia

Francisco de Assis foi um discípulo e um amigo de Jesus. Fiel à Oração contemplou a Deus nas criaturas da «mãe terra», e em cada uma descobriu o mistério de sua beleza e irmandade e cantou os louvores do Criador. Partilhou a Eucaristia, pão dos pobres, com seus irmãos. Acolheu a sua «irmã morte corporal» na comunhão com o Crucificado-Ressuscitado.

Hoje, os Franciscanos, presentes em todos os cantos do mundo, procuram ser fiéis ao espírito de Francisco de Assis.
• Evangelizam: pela comunhão fraterna, pela oração e contemplação, pela actividade material e intelectual, pela pastoral nas paróquias e noutras instituições.

• Estão no mundo como servos de todos, pacíficos e humildes.

• Têm na sociedade a vida e a condição dos simples.

• Vivem no mundo como promotores da justiça, arautos e construtores da paz.

• Colaboram com todas as pessoas de boa vontade, para promover uma sociedade de justiça, de liberdade e de paz.

• Esforçam-se por consciencializar os pobres da sua dignidade.

• Manifestam sentimentos de reverência para com a natureza, hoje ameaçada em toda a parte, de modo a torná-la mais fraterna e útil a todos.

• Anunciam a paz com a palavra, promovendo o diálogo.

• Defendem os direitos dos oprimidos.

• Renunciam a qualquer acção violenta.

• Denunciam com firmeza toda a acção bélica e a corrida aos armamentos, como sendo uma gravíssima chaga para o mundo e a maior injúria aos pobres.

• São instrumentos de reconciliação. Escutam os outros com respeito, aprendem de todos, sobretudo dos pobres, e fazem opção pelos marginalizados e doentes.

Se quiseres obter mais informações sobre o nosso carisma e forma de vida, contacta Frei Moisés Semedo ou Frei Paulo Brandão, na Fraternidade de Acolhimento Juvenil Vocacional no Convento de São Francisco (Rua dos Mártires, 1 - 2400-187 LEIRIA), ou através do número de telefone 244 839 900, ou pelo endereço de correio electrónico fajvleiria@mail.telepac.pt
in http://www.ofm.org.pt/

2 de dezembro de 2007

“Sede alegres na esperança, pacientes na tribulação, perseverantes na oração”


Irmãos,


Como gostaria de estar aí convosco, orando, cantando, vivendo Francisco, sendo jufra unidos como irmãos...

E é como irmão que tenho saudades vossas, dos vossos sorrisos, das vossas vozes e do vosso sentido amor.

Rezo também por vós aqui no meu cantinho alguns km separado de vós!

Que Francisco esteja convosco e vos ajude a viver a nossa razão de existir com aquela intensidade que a jufra merece!


Paz e Bem maninhos,


O vosso irmão "inválido" com saudades


Nuno Matos

1 de dezembro de 2007

Mensagem de Natal 2007


Frei José Rodríguez Carballo, Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores, dirige a todos os homens de boa-vontade uma mensagem de Natal. Em tempo de Advento, convida-nos a «romper o silêncio sobre Deus com alegria e com a capacidade de atrair os outros a esse Deus que é amor»; convida-nos a «dar uma ardente resposta de amor àquele que tanto nos amou»; convida-nos a «bendizer sempre com a vida o Senhor» e «a rezar com a Igreja que não se cansa de cantar a glória desta noite» de Natal.

in http://www.ofm.org/01docum/natal2007/nat07por.pdf