23 de julho de 2007

Encontro com a Bíblia

Quem abrir a Bíblia pela primeira vez é natural sentir-se perdido
ou estranho como o habitante de uma pacata aldeia que
entra pela primeira vez na capital do país: tantos monumentos,
avenidas e praças – assustam-no, certamente. Para esses,
proponho uma visita guiada à Bíblia através dos
Sumários da História da Salvação
ABRA a sua Bíblia. Imagine que ela é uma pequena biblioteca de 73 livros arrumados em várias estantes separadas por um corredor: à esquerda ficam os livros que falam da vida do Povo de Deus antes de Cristo (Antigo ou primeiro Testamento); à direita, os que se referem ao tempo de Cristo e depois de Cristo (Novo Testamento). As estantes em que estão colocados os livros do Antigo Testamento chamam-se: Pentateuco, Históricos, Sapienciais e Proféticos; as do Novo Testamento: Históricos (Evangelhos e Actos), Sapienciais (Cartas) e Profético (Apocalipse).
A estante do PENTATEUCO encontra-se logo no princípio da Bíblia e significa "cinco livros". Precisamente no quinto, em Deuteronómio 26,5-10a, lemos: "Meu pai era um arameu errante: desceu ao Egipto com um pequeno número e ali viveu como estrangeiro, mas depois tornou-se um povo forte e numeroso. Então os egípcios maltrataram-nos, oprimindo-nos e impondo-nos dura escravidão. Clamámos ao Senhor, Deus de nossos pais, e o Senhor ouviu o nosso clamor, viu a nossa humilhação, os nossos trabalhos e a nossa angústia, e tirou-nos do Egipto, com sua mão forte e seu braço estendido, com grandes milagres, sinais e prodígios. Introduziu-nos nesta região e deu-nos esta terra, terra onde corre leite e mel."
Permiti-me destacar a cor azul a maioria dos verbos deste texto, porque eles permitem-nos conhecer os grandes passos de um roteiro que se vai repetir em muitos outros sumários da Bíblia: a origem nómada do povo de Deus, a sua descida até ao Egipto em tempo de fome, os anos de prosperidade, o período de opressão, o momento de êxodo ou saída do Egipto atribuída a Deus, que durante 40 anos o conduziu pelo deserto e o introduziu na terra fértil de Canaã, permitindo-lhe ocupá-la no tempo de Josué. O texto, posterior à instalação dos israelitas na "Terra Prometida", é um Credo que eles deviam rezar diante de Deus imediatamente antes de lhe oferecerem, cada ano, as primícias dos frutos dessa mesma terra.
A História aqui recordada situa-se mais ou menos entre os anos 1700 e 1200 a.C.. Para conhecê-la mais em pormenor pode ler, já, os capítulos 1, 2, 12 e 15 do Êxodo. Este último é uma espécie de hino de independência em que a libertação é atribuída a Javé ou Senhor, e é cantado todos os anos na Liturgia da Palavra da Vigília Pascal. Não por acaso: porque nessa noite, mãe do oitavo dia da nova criação, o antigo êxodo é evocado e relacionado com a Ressurreição de Cristo – a nova, total e definitiva libertação do Povo de Deus.
Na verdade, a noite em que "o Senhor fez sair Israel da terra do Egipto" (Ex 12,51) e a noite em que ressuscitou Jesus do túmulo "libertando-o dos grilhões da morte" (Act 1,24.32) constituem os dois eixos da Bíblia que dão origem à vida, à comunidade e aos livros do Antigo e do Novo Testamento, respectivamente.
Seguindo a ordem dos livros na Bíblia, leia, depois, estes textos em que os mesmos passos referidos no "Credo" do Deuteronómio são repetidos e ampliados em géneros literários e épocas diferentes (as chamadas "releituras" que a Bíblia faz de si mesma):
  • Neemias 9,6-37: oração dos levitas, após o regresso do Exílio de Babilónia (considerado um novo Êxodo: ver Isaías 43).
  • Salmo 77-78 e 105-106: meditação sobre o passado de Israel e lições da História; Deus e a História de Israel e confissão nacional de Israel, respectivamente.
  • Ben Sira (ou Eclesiástico), 44-50: proponho a leitura destes capítulos seguida a quem ainda não conhece os principais factos e personagens do Antigo Testamento.
  • Actos, 7: discurso ou sermão de Estêvão diante do Sinédrio de Jerusalém antes de ser condenado à morte por apedrejamento, numa última tentativa de convencer os ouvintes de que Jesus era o Messias anunciado e esperado pelos seus antepassados.
  • Hebreus 11: leitura teológica da História, com olhos de fé.

Finalmente, se tiver a nova tradução da Bíblia Sagrada editada pela Difusora Bíblica, leia também os extratextos em caixa que escrevi para as páginas 163 (Êxodo e Ressurreição), 308 (Sumários da História da Salvação) e 1162 (das Profecias a Cristo).

Para reflectir ou dialogar em grupo

Ler os textos indicados acima em quatro "tempos" seguidos, um texto cada dia:

  1. Ler e sublinhar, com três cores, os acontecimentos (opressão, libertação, etc.), os lugares (Egipto, deserto, Canaã...) e os personagens (Abraão, Jacob, Moisés, etc.).
  2. Em silêncio, passear os olhos devagar apenas pelas palavras sublinhadas e relembrar o que elas evocam.
  3. perguntar-se: "Que lições tiro daqui para a minha vida de cidadão e de crente ou cristão?"
  4. Se estiver em grupo, comunidade ou família, partilhar as lições com os outros.

frei Lopes Morgado in http://www.capuchinhos.org/porciuncula/encontro_biblia/visita_guiada_biblia.htm

6 de julho de 2007

SOPA DE LETRAS


Forma(C)ção GPS

O que é?

Uma plataforma de mudança na pastoral juvenil. Uma mega-acção de formação que combina a reflexão, acção , convívio e música! Um dia intenso de partilha e aprendizagem com acesso a diferentesworkshops. Actividades a pensar nos agentes da pastoral juvenil que pretendem melhorar as suas competências no campo da animação.
Para quem?
Agentes da pastoral juvenil (animadores, coordenadores, sacerdotes,...) com mais de 16 anos.
Para quê?
- Perceberes os vectores de mudança da Pastoral Juvenil
- Tomares consciência dos desafios e oportunidades da animação dos jovens
- Assumires com mais segurança o teu papel de líder juvenil
- Experimentares algumas técnicas úteis na animação do teu grupo
Workshops:
Técnicas de animação; Oração com jovens; Perfil do animador de jovens;Organização de eventos juvenis; Música e pastoral juvenil; Espiritualidadejuvenil; Acompanhamento pessoal de jovens; Educação moral de jovens; Superar conflitos nos grupos de jovens; Arrancar com um grupo de jovens. (A realização de todos os workshops está dependente do nº de participantes)
Quando e onde?
Temos 3 datas e locais à tua escolha:
Porto: 22 de Setembro - Colégio dos Órfãos do Porto
Lisboa (Manique) : 29 de Setembro - Escola Salesiana de Manique
Braga: 6 de Outubro - Auditório Vita
Preço
A inscrição tem o valor de 5€ e inclui o almoço
Mais informações: